A cada dia mulheres vão em busca da sua liberdade e independência. Viajar sozinha pode ser parte dessa libertação e autoconhecimento. Porém, infelizmente, o cenário de insegurança faz com que muitas desistam de encarar essa aventura.
Por isso reunimos algumas dicas e depoimentos incríveis de quem já está nessa jornada. Vem conferir:
Dicas:
– Comece viajando para destinos mais próximos. Vá para algum local perto de sua cidade e busque roteiros mais simples.
– Existem muitos grupos de mulheres que viajam sozinhas. Entre em contato com elas. Essa é uma ótima oportunidade de ter a sua primeira experiência.
– Na viagem, compartilhe com alguém de sua confiança informações sobre a sua localização.
– Esteja preparada para imprevistos. Eles acontecem e não podem te deixar insegura.
– Planeje o que levar na mochila. Não leve mais do que o necessário.
Mulheres no mundo
Entrevistamos diversas mulheres que tomaram a iniciativa de desbravar o mundo. Vamos compartilhar essas histórias com vocês!
Começamos com a Fernanda, que foi para a Áustria sozinha com apenas 21 anos. Ela contou que a maior dificuldade foi o idioma. Na época, a falta de tecnologia, sem Google Maps e com mapas de papel, também foi uma adversidade, mas valeu a pena pela liberdade:
“Viajar com amigas é ótimo, mas, às vezes, você acaba cedendo e deixando de fazer coisas que deseja, mas as outras não querem. Ou tem coisas que não quer fazer, mas precisa ir por causa do grupo.”
A Patrícia também fez sua primeira viagem sozinha aos 21 anos. Foi para Bolívia e Peru com apenas uma mochila. Ela conta que a maior dificuldade foi lidar com o fato de estar sozinha. Por isso, viveu momentos de medo e insegurança, principalmente quando ficava em rodoviárias à noite. Mas o aprendizado foi grande:
“Aprendi viajando sozinha que eu sou real. Saí do mundo da minha imaginação, dos infinitos “e se…”, e experimentei diferentes facetas de mim, que passei a conhecer nessa nova interação com o mundo, com as pessoas…me conectar, me frustrar, ter realmente que lidar e resolver coisas por mim, sabendo que mesmo que precisasse não teria ninguém ali. São coisas simples, que vêm com a maturidade, mas que ficaram bem marcadas com as experiências da viagem: saber que está tudo bem e que sou capaz de realizar o que desejo. Que nem tudo sai como planejamos, mas, inevitavelmente, vamos aprendendo.”
Já a Letícia saiu sozinha para fazer um mochilão pela Europa. Ela fala sobre uma insegurança que pode servir como um alerta: o consumo de bebida alcóolica. Confira a dica dela para quem quer viajar sem companhia:
“Acho que as mulheres devem estar sempre atentas. Infelizmente, mais do que os homens. Eu não me privei de fazer nada, mas eu me controlava e tinha o controle sobre tudo o que bebia, por exemplo. Acho que isso toda mulher faz, e quase sempre. Eu também tentei escolher lugares para visitar que fossem mais “seguros”. Porém isso é relativo, tem coisas que podem acontecer em qualquer lugar”.
Conversamos também com a Renata, experiente em viagens sozinha, e perguntamos se ela encontrou alguma dificuldade por ser mulher nessas experiências.
“Ser mulher é desafiante todos os dias. Aliás, todas as dificuldades que encontramos diariamente na nossa rotina de trabalho também é presente numa viagem com amigas ou sozinha. A minha maior dificuldade foi não ter me preparado tão bem financeiramente e ter levado pouco dinheiro”.
Ela também aconselhou: “No dia da viagem, a ansiedade pode te consumir, o frio na barriga vai existir, mas lembre-se que você consegue. Se não fizer de você a sua prioridade, vai ser sempre aquela longa espera por outras pessoas para realizar os seus próprios sonhos.”
Neste 08 de março, agradecemos a todas as mulheres que, não só compartilharam suas experiências com a gente, mas ajudaram a abrir caminho para quem sonha em fazer o mesmo. Vocês podem tudo, mulheres!